No seu texto, é certo que Javier fala dos vários trilhos disponíveis na Rota Vicentina e de como podem ser percorridos, mas mais do que isso, a base do seu relato é a região, as pessoas que fazem dela a sua casa e a influencia do turismo na vida de quem vivia da terra e do mar.
Pessoas nobres, lutadoras e coração aberto que não queriam deixar as suas terras, para não perder as suas raízes e manter os seus costumes e tradições.
Para o blogger espanhol, esta é a base principal do sucesso da Rota Vicentina: as suas pessoas. Por isso o texto de Javier, mais do que um relato de viagem é um apelo à delicadeza do turismo, do trato e da relação com a comunidade que envolve os trilhos da Rota Vicentina.
Aproveitemos tudo o que eles oferecem sem alterar o seu dia a dia e sem deixar que o nosso mundo vertiginoso os invada e acabem sucumbindo ao sucesso. E o que é mais difícil, rezemos para que o sucesso não acabe preenchendo imóveis com um litoral selvagem e deslumbrante, destruindo uma paisagem maravilhosa para sempre.
Note-se que a Rota Vicentina, em colaboração com a artista Madalena Vitorino, pretende disponibilizar a partir de 2018, uma série de programas culturais ligados à identidade da região, sendo que este é aliás um dos grandes motes do conceito: respeitar o tempo, tradições e identidade locais.
A iniciativa está inserida nos projectos “Internacionalização do Potencial dos Recursos Naturais do Alentejo e do Sudoeste Alentejano para o Turismo Activo”, financiado pelo programa Alentejo 2020, e “Entre a Serra e o Mar – A Rota Vicentina como Caminho para a Valorização do SW de Portugal”, financiado pelo Turismo de Portugal, no âmbito da linha Programa de Apoio à Valorização e Qualificação do Destino – VALORIZAR.