A Minha Experiência como voluntária na Rota Vicentina
3 minutos de leituraUm ano no Sudoeste Alentejano
Passou um ano desde que cheguei a Portugal, na pequena vila de Odemira. Ao refletir sobre esta aventura, percebo o quanto este ano foi rico, educativo e repleto de memórias inesquecíveis.
A minha experiência de voluntariado com a Rota Vicentina, como parte do programa Regenerar Odemira II e do Corpo Europeu de Solidariedade, está a chegar ao fim, mas as experiências e aprendizagens que adquiri ficarão comigo por muito tempo.

Antes de mais, quero agradecer a todas as pessoas que tornaram esta jornada tão memorável e contribuíram para que esta aventura fosse tão especial.
Um enorme agradecimento à equipa da Rota Vicentina pelo caloroso acolhimento e apoio constante. Partilharam comigo a sua paixão pela região, pelas caminhadas e pela natureza, permitindo-me adquirir novas competências, tanto técnicas quanto pessoais.
Cada desafio que enfrentei ajudou-me a crescer e a superar-me.

Desde o início, com a Martina, a minha colega de voluntariado, com quem partilhei o dia a dia, o trabalho, os projetos e uma amizade especial, vivemos juntos momentos intensos.
Como a caminhada de quatro dias entre Cercal do Alentejo e Zambujeira do Mar: esta imersão no Alentejo permitiu-nos descobrir paisagens deslumbrantes, pessoas acolhedoras, tradições e uma natureza generosa.
Em poucos dias, senti-me em casa, e depois de um ano, deixar este lugar torna-se ainda mais difícil.

Um ano cheio de conexões
No coração desta experiência, são principalmente as pessoas que conheci que mais me tocaram. Os outros voluntários, de diferentes países e culturas, enriqueceram o meu dia a dia. Os habitantes locais, que com a sua generosidade e desejo de partilhar a sua região, também tiveram um papel essencial nesta aventura.
O ponto alto deste ano foi, sem dúvida, a organização do festival JUNTES. Um projeto que combinou arte, encontros, música, a região e celebração. Foi uma mistura incrível de criatividade, gestão e desafios… Tenho muito orgulho nisso.
Este ano abriu-me os olhos para o mundo, deu-me um sentido de responsabilidade cívica e uma nova perspetiva sobre a importância da comunidade e do apoio mútuo. Ensinou-me a manter a curiosidade, a sonhar em grande e a valorizar cada momento.

Hoje, enquanto esta maravilhosa aventura chega ao fim, deixo Portugal com o coração cheio de gratidão.
As memórias que levo comigo—sejam elas na forma de paisagens, amizades ou realizações—continuarão a inspirar-me e a guiar-me nos meus futuros projetos.
Obrigada e até já! ❤️
Nina nasceu em 1998 em Chartres, França. Lá estudou teatro e artes plásticas e trabalhou em escolas e em acampamentos de verão. É voluntária do Corpo Europeu de Solidariedade durante um ano na Rota Vicentina, no âmbito do projeto Regenerar Odemira II. Adora arte, natureza, cozinhar e viajar!