O formato de reuniões descentralizadas, que acontecem ao longo de uma semana a pedalar pela Rota Vicentina veio mesmo para ficar! Estas Reuniões com Pedalada são uma importante ferramenta para melhorar as dinâmicas entre empresas parceiras da Associação e, claro, desenferrujar as canelas!
Em Abril de 2021, o Gestor de Associados da Rota Vicentina, Diogo Trindade, inaugurou este método de trabalho, mais próximo dos anfitriões da Rota Vicentina, que agrega também uma experiência imersiva no mundo das bicicletas.
Agora, na terceira edição das Reuniões com Pedalada, o Diogo seguiu caminho acompanhado por alguns colegas, parceiros e amigos da Associação que quiseram juntar-se à aventura.
A assinalar o “Dia de Dar uma Volta”, aqui fica o relato de tudo o que aconteceu nesta viagem.
Dia 1 | 50 km
Santiago do Cacém » S. Luís
Ponto de partida: Santiago do Cacém.
Aqui, onde o Caminho Histórico também começa (ou acaba), pedalamos rumo a sul para testar um novo percurso da Rota Vicentina, com incursões à costa, mas mantendo sempre a lógica de percorrer o interior do território.
Foram 54km sem chuva (sim, conseguimos ficar secos!) mas com alguma lama. O percurso é variado, com montado, barragem, pinhal, areia, alcatrão velho, alcatrão novo, costa, praia, aldeias e lugarejos isolados, montes e rebanhos, tudo aquilo que o nosso Alentejo tem de bom!
Além de testar este novo trilho, visitamos Associados e reunimos com outras tantas em empresas com vontade de se juntar a esta rede.
Novos parceiros a caminho, literalmente! Almoço com a gentil oferta do Restaurante Vasco da Gama, em Porto Covo.
Paragem na Herdade do Pessegueiro para um “olá” e verificação da Bike Station Rota Vicentina. Tudo nos conformes!
Pitstop no restaurante A Ilha, junto à Ilha do Pessegueiro. Embora fechado para renovações, abriu portas para nos receber!
Visita ao Monte da Bemposta.
Paragem no restaurante Klandestinos para um abraço ao Dário, Associado Parceiro da Rota Vicentina.
Limpeza das bicicletas na bike station de S. Luís antes da última paragem, no Naturarte Campo.
Dia 2 | 50 km
S. Luís » Zambujeira do Mar
Quando há 500 anos os navegadores partiram em modo descobertas tinham muita água para navegar! Pois, também nós!
Começamos de S. Luís, no Naturarte Campo, onde pernoitamos – e logo à saída da vila tivemos um pequeno problema elétrico numa das e-bikes. 3 km depois, um furo. Enquanto se remendava… muita água se abateu sobre nós! E até ao Castelão, novamente. Já não havia roupa seca a bordo! Com muito atraso ainda fomos ao Portugal Nature Lodge, em Troviscais para visita ao Peter e à Joke e verificar a bike station aqui instalada. Tudo ok e ainda uma fatia de bolo caseiro para recuperar fôlego e seguirmos até Odemira.
Muita lama, bicicletas a ficarem mais pesadas e rodas que pareciam tratores. Mas passamos tudo e chegamos a Odemira para a sopinha de aquecimento central. O Tarro foi aquele bom e sempre presente amigo, que também preparou umas belas bifanas. A chuva não parava e tivemos de abortar a pedalada, seguindo em quatro rodas para a Zambujeira do Mar, mas precisamente a Herdade do Touril para descanso.
Partida do Naturarte, rumo a mais um dia desta aventura!
Peter e Yoke, tudo ok com a vossa bike station?! 👍👍👍
Depois da molha dos ciclistas, foi necessário da um banho às bicicletas para carregar tudo no Táxi Mário e Filho.
Obrigado pela boleia, Hélder!
Dia 3 | 60 km
Zambujeira do Mar » Alfambras
Ciclistas secos e abençoados para mais um dia. O 3.º dia destas reuniões com pedalada começou na Herdade do Touril.
Monte das Alpenduradas e Monte da Choça foram as paragens seguintes. E como é bom rever bons e velhos amigos!
Pelo caminho, encontrámos também o José, da Vicentina Transfers, que nos transportou as bagagens durante toda esta aventura.
Conquistámos o Castelo de Aljezur e como recompensa, o Restaurante 44 recebeu-nos para jantar. Feito por mais um dia.
Dia 4 | 63 km
Alfambras » Sagres
A quinta-feira começou com céu escuro, no Barranco da Fonte. Dali seguimos em direção à Bordeira por caminhos verdejantes da chuva que felizmente vai caindo. Na Carrapateira a visita à Pensão das Dunas e à Agnes teve direito a um chá quente. Foi uma visita rápida e logo seguimos para a Casa Fajara, para rumar em direção ao interior. Vilarinha, Pedralva e torres eólicas por cima da Raposeira, onde petiscamos antes de passar Vila do Bispo em direção à Sagres, que nos recebeu com uma valente molha! Chegada à Casa Azul Sagres para secar e aquecer!
Apanhamos o lanche pelo caminho!
De quando em vez, encontrávamos estas “piscinas biológicas”.
Dia 5 | 43 km
Sagres » Lagos
Quinto e último dia de viagem. Chegámos a Sagres debaixo de chuva, mas a saída Casa Azul Sagres fez-se com o sol a brilhar! E assim se manteve ao longo do dia!
De Sagres a Vila do Bispo, com vento pela frente, muito vento. Raposeira, Hortas do Tabual, algumas visitas falhadas pois o pessoal está no merecido descanso, ou simplesmente saiu para surfar ou ir às compras.
Paragem no Salema Beach Village para falar à Marta. Logo ao lado, visita à Musette.bikes com o Jerom que ia no nosso grupo. Passagem por várias praias: Salema, Burgau, Luz, até entrar em Lagos, sendo que no caminho ainda nos cruzamos com voluntária, a querida Beatriz (avistada no Burgau).
À chegada a Lagos, ainda tempo para um abraço ao Joaquim, da Bluefleet e dois dedos de conversa.
Todos os objectivos traçados pra esta semana foram atingidos. Sempre em segurança, sempre divertidos, sempre bem-dispostos.
Obrigado a todos os que nos acolheram, receberam, ofereceram uma água, uma fatia de bolo, 2 minutos do seu tempo, um jantar, uma noite e um pequeno almoço! O espírito de família e camaradagem é muito forte e as vossas palavras de força ao longo da semana têm sempre um efeito muito positivo!
Obrigado aos que se juntaram à viagem durante estes dias: espero que tenham gostado. Obrigado aos que se pretendem juntar no futuro! ‘Bora lá pedalar nestas duas fantásticas regiões: Alentejo e Algarve, o nosso Sudoeste.
Nasceu em Lisboa no ano de 1978. Gosta de natureza, saídas a pé para longas caminhadas, saídas de BTT, de música e dos amigos!