Há programas para todos os gostos no Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
Na Rota Vicentina há de tudo: trilhos recomendados para os mais pequenos, alojamentos preparados para receber famílias, um mundo de atividades variadas e instrutivas em contacto com a natureza que se podem fazer em conjunto, seja em terra ou no mar. As escolhas são muitas e a diversão garantida. À procura de um roteiro para uma viagem com a família ao Sudoeste de Portugal? Siga as nossas dicas.
O segredo para o sucesso de qualquer viagem é, em boa parte, o seu planeamento. No caso da Rota Vicentina, este passo é essencial. Não só porque se trata, em parte, de um Parque Natural, com regras próprias, mas porque há épocas específicas para fazer caminhadas e percursos de bicicleta devido não só à possibilidade de temperaturas altas, mas também de disponibilidade de alojamento.
Por isso, a época recomendada para percorrer os trilhos da Rota Vicentina é de setembro a junho, fora da época alta. Não só as temperaturas são mais amigáveis, como a paisagem é imperdível. E a economia local agradece.
Antes de meter os pés ao caminho, consulte o Guia de ajuda – Rota Vicentina, onde encontra a informação básica essencial para usufruir da melhor maneira dos 750 km de trilhos e cerca de 75 mil hectares de área protegida inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) que vão do Alentejo ao Algarve.
Deixamos aqui alguns conselhos para tirar o melhor partido da sua viagem em sintonia com o turismo responsável que defendemos para este lugar mágico. Se puder, venha com tempo para explorar o melhor que a Rota Vicentina tem para oferecer.
E lembre-se: um Parque Natural é um santuário de biodiversidade repleto de habitats sensíveis e espécies singulares que é dever de todos proteger e respeitar.
Se quiser saber mais sobre a riqueza e singularidade da flora do PNSACV, siga este link. E se na família existir um cidadão-cientista à espreita, também temos umas dicas interessantes aqui.
Há quatro mandamentos essenciais para circular neste território:
– Respeitar os trilhos e a comunidade;
– Não deixar lixo para trás;
– Observar sem perturbar;
– Apoiar as empresas locais.
Prontos? Vamos partir para a aventura.
Um lugar perfeito para ficar
A Rota Vicentina é especial por muitas razões, mas uma delas tem a ver com o facto de trabalhar com uma rede de empresas locais que estão alinhadas com os princípios do turismo responsável fundamentais para a preservação de uma região como o Sudoeste de Portugal.
Escolhê-las é, por si só, um gesto pessoal de compromisso com a sustentabilidade deste território.
No nosso site encontra toda a informação sobre os nossos mais de 100 associados com quem pode reservar diretamente a sua estadia.
Mas quando se viaja em família, é importante ficar em locais que ofereçam alojamentos com capacidade para acomodar grupos com mais ou menos elementos.
Os Parques de Campismo são sempre uma boa opção e aqui encontra uma lista de vários no Alentejo e no Algarve.
18 caminhos para fazer com a família
A Rota Vicentina oferece qualquer coisa como 750 quilómetros de Trilhos Pedestres, portanto, há muito por onde escolher.
Existem três tipos de possibilidades: o Trilho dos Pescadores, que, como o nome indica, segue a Costa Alentejana e Vicentina, sempre junto ao mar; o Caminho Histórico, uma Grande Rota (GR11-E9) no interior do território, ideal para quem procura fugir das multidões e que se estende por áreas de campo e serra com muito para explorar; e os Percursos Circulares, que são curtos, começam a acabam no mesmo lugar e são ideais para quem se estreia na caminhada ou viaja com os mais pequenos.
São justamente estes últimos os mais recomendados para caminhadas em família.
Existem 24 Percursos Circulares que somam 263 quilómetros de possibilidades entre Santiago do Cacém e Lagos, mas nem todos se adequam às especificidades de uma família, sobretudo com bebés.
Fizemos uma seleção de 11 destes percursos, no Alentejo e Algarve, que oferecem um mergulho na natureza, são relativamente fáceis e curtos e podem ser percorridos no espaço de uma a três horas.
Os trilhos estão integralmente sinalizados em ambos os sentidos, são bastante acessíveis em termos de logística e transportes – o ponto de começo e de fim é o mesmo -, e são ideais para os pais que transportam bebés e crianças consigo.
Estes percursos estão localizados nas proximidades de vilas ou aldeias e são seguros para caminhantes de todas as idades, dado o grau de facilidade que apresentam.
Se tem dúvidas sobre quais escolher, não perca de vista que uma criança consegue, em princípio, caminhar o número de quilómetros equivalente à sua idade.
São eles:
No Alentejo
Percurso Circular Praia do Sissal (4,5 km)
Percurso Circular Cercal do Alentejo (7,5 km)
Percurso Circular dos Charcos Mediterrânicos (6 km)
Percurso Circular das Hortas de S. Luís (3,5 km)
Percurso Circular Senhora das Neves ( 5 km)
Percurso Circular Charneca de S. Teotónio (8,5 km)
Percurso Circular Santa Clara à Barragem (10 km)
No Algarve
Percurso Circular Amoreira (7 km)
Percurso Circular Bordeira ao Mar (6 km)
Percurso Circular Endiabrada e os Lagos Escondidos (7 km)
Percurso Circular Vilarinha (5 km)
Caminhar também pode ser uma aprendizagem. Ter um guia de natureza experiente a conduzir o grupo, transforma uma simples caminhada numa experiência de conhecimento e saber na descoberta da fauna e a flora do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, nos seus recantos, plantas medicinais, raízes culturais e tradições locais.
Fique a conhecer aqui os Guias de Natureza que mostram mais do que aquilo que a vista alcança.
E também se pode ir de bicicleta
Se a sua família não viaja sem as bicicletas às costas, não há problema. A Rota Vicentina oferece uma rede alargada de Percursos de Bicicleta, com diferentes níveis de dificuldade, preparada para receber os amantes das “biclas”.
Para as famílias que gostam de pedalar, deixamos aqui sete sugestões de percursos no Alentejo acessíveis a todas as idades e com um nível de dificuldade baixo:
Parque Ribeirinho (1,5 km)
Vale Covas (3,5 km)
Hortinhas (4 km)
Barragem (12 km)
Cerca do Montado (5,5 km)
Ribeira de Gema (8,5 km)
Perlinha (9,5 km)
Sem bicicleta, mas com vontade de dar umas pedaladas? Sem problema. Veja aqui onde podem alugar bicicletas.
E não se esqueça: caminhar e pedalar são experiências maravilhosas de descoberta e conexão com a natureza que exigem sempre alguns cuidados básicos com a proteção solar, a hidratação e na escolha do equipamento certo, sobretudo para os exploradores mais pequenos.
Um mundo de atividades na terra e no mar
Com um território que se estende pelo interior e pela costa, há todo um mundo de atividades de contacto com a natureza e não só, que podem preencher os dias de férias de uma família.
Começamos em terra
Com vontade de levar um pedacinho da identidade do Sudoeste? Nesse caso, há um conjunto de visitas e deslocações que tem de juntar à sua lista para as férias.
Aqui encontra um conjunto de lojas, oficinas e ateliers de cerâmica que são verdadeiras montras da atividade artesanal desenvolvida na região com materiais e artistas locais. Prepare-se para encontrar peças e produtos irresistíveis para comer, usar ou levar para casa.
Mas também não faltam propostas de atividades para quem admira a geologia, a flora e a fauna locais. Aqui há experiências para todos os gostos, desde a observação de aves, o uso de uma roda do oleiro, a apanha do vime para fazer cestos ou a possibilidade de acompanhar um pastor de ovelhas, entre outras que farão as delícias das crianças.
E claro, ninguém pode sair desta região sem provar as delícias da cozinha alentejana e algarvia e provar os vinhos, licores e aguardentes, designadamente o Medronho, que a tornam única no mundo.
E seguimos para o mar
Para os amantes do Kite Surf, do Bodyboard e do Surf, da pesca e caça submarina, do mergulho em apneia e do snorkeling, o Sudoeste de Portugal é um paraíso terrestre com vista para um mar de sonho.
E não apenas para os adultos, as crianças também são bem-vindas às muitas formas de surfar as ondas, voar por cima das águas ou fazer rasantes à superfície do mar.
Tratando-se de uma costa com cerca de 100 quilómetros de extensão, não falta oferta de passeios para a observação de cetáceos, aves e golfinhos e toda a vida marinha que abunda por estes lados.
Mas a própria costa tem segredos que só os locais conhecem – as formações rochosas e as grutas da Costa Vicentina são um maná de sensações e deslumbramentos que vão deixar os mais pequenos de boca aberta e oferecem muitas lições sobre a preservação dos habitats marinhos.
Não faltam, como se vê, razões para pegar na família e vir explorar a Rota Vicentina em todas as suas dimensões.
Uma volta pelo site da Rota Vicentina pode ajudar a desenhar um roteiro que vá ao encontro das preferências da sua família.
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Boa viagem!
A Margarida é meia tripeira, meia alfacinha. É do Porto, mas viveu muitos anos em Lisboa. Vem do mundo do jornalismo, onde começou a carreira, tendo depois transitado para a área da comunicação institucional e assessoria de imprensa. Amante de palavras, gatos e filmes, tem vindo a descobrir no Alentejo um destino cheio de revelações.
